No castelo ponho um cotovelo
Em Alfama descanso o olhar
E assim desfaço o novelo
Des azul e mar
À Ribeira encosto a cabeça
Almofada na cama do Tejo
Com lençóis bordados à pressa
Na cambraia de um beijo.
Lisboa menina e moça menina
De luz que meus olhos,vêm, tão pura
Teus seios são as colinas, varina
Pregão que me traz à porta, ternura.
Cidade a ponte luz, bordada
Toalha à beira mar, estendida
Lisboa e moça, amada
Cidade mulher da minha vida.
No Terreiro eu passo por ti
Mas da Graça eu vejo-te nua
Quando um pombo te olha e sorri
És mulher da rua.
E no bairro mais alto de sonho
Ponho o fado que soube inventar
Aguardente de vida e medronho
Que me faz cantar.
ARY DOS SANTOS
1937-1984
Texto e imagem da Internet
Em Alfama descanso o olhar
E assim desfaço o novelo
Des azul e mar
À Ribeira encosto a cabeça
Almofada na cama do Tejo
Com lençóis bordados à pressa
Na cambraia de um beijo.
Lisboa menina e moça menina
De luz que meus olhos,vêm, tão pura
Teus seios são as colinas, varina
Pregão que me traz à porta, ternura.
Cidade a ponte luz, bordada
Toalha à beira mar, estendida
Lisboa e moça, amada
Cidade mulher da minha vida.
No Terreiro eu passo por ti
Mas da Graça eu vejo-te nua
Quando um pombo te olha e sorri
És mulher da rua.
E no bairro mais alto de sonho
Ponho o fado que soube inventar
Aguardente de vida e medronho
Que me faz cantar.
ARY DOS SANTOS
1937-1984
Texto e imagem da Internet
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