A nossa intimidade a três ou a quatro é constrangida.
Tenho medo no ãngor e uma urtiga no pé.
Um dia é pouco ao pé de Margarida:
A ausência é menos sózinha,
A muita companhia dá bandos longe.
Até a vida
É
Se tua, menos minha:
Se própria de meu repartida,
Por muitos na atenção, nem tua é.
Só nossa solidão dual e penetrada
Evita o perigo do nada
A que, por condição, setas, as nossas pernas
Apontam na cavidade inexorável
Tem de molécula qualquer.
mas, entretanto, Margarida amável
Será flor, ou Mulher?
Vitorino Nemésio, in"caderno de Caligrafia e outros poemas."
Imagem da Internet
quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011
Um dia é Pouco ao Pé de Margarida
Publicada por Margarida à(s) 09:47
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1 comentários:
Olá, amiga!
Até que enfim... voltou e com um lindo poema dedicado a si própria!!! Muito bem...adorei..está melhor?
Pelo menos já começou de novo com as suas lindas publicações... é sinal que já há uma luz ao fundo do túnel...o que é muito bom!!!
Esta Margarida de que fala o poema, claro que só pode ser a nossa amiga MARGARIDA MARTINS das TIC...
Um beijinho e desejo as suas melhoras
MARIA DA CRUZ
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